Em pronunciamento no plenário nesta terça-feira (26), o senador Esperidião Amin (PP-SC) voltou a defender a adoção do voto auditável no Brasil. Segundo ele, a aprovação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) representa um passo importante para fortalecer a democracia e pacificar a desconfiança existente sobre o sistema eletrônico de votação.
—O voto auditável pacifica e eleva, valoriza, fortalece a democracia no nosso país. Há mais de dez anos convivemos com esta discussão: adotar ou não. O Brasil tornou-se referência pela rapidez na apuração eletrônica. Quero registrar ainda que a primeira experiência com urna eletrônica aconteceu em Santa Catarina, no final dos anos 1980, começo dos anos 1990, exatamente na cidade de Brusque— avaliou.
Esperidião Amin afirmou que a medida não representa retrocesso, mas sim um mecanismo adicional de segurança. Ele citou experiências internacionais em que o voto impresso conferível foi adotado e lembrou que a polícia federal já havia apontado a necessidade de os sistemas parecerem seguros também para o cidadão comum.
—A ausência de auditabilidade fragiliza a confiança social, tensionando ainda mais o cenário político do país; por isso, o Congresso aprovou proposta semelhante em duas oportunidades. Portanto, a controvérsia vem do começo deste século. O voto auditável fortalece a soberania popular, dá estabilidade institucional, pacifica, em síntese, este ruído social que vivemos há mais de dez anos. Converte a confiança imposta pela autoridade em confiança conquistada, pela verificação pessoal do voto de preferência do eleitor— afirmou.
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