O Plano Safra 2025/2026 libera R$ 516,2 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 89 bilhões para a agricultura familiar, garantindo recursos essenciais para uma nova safra robusta. A atual safra (2024/2025) deve alcançar 332 milhões de toneladas de grãos, com recordes em soja e milho. Destacando a soja com colheita recorde de 168 milhões de toneladas, e para o milho, com produção total de 126 milhões de toneladas.
“O Plano Safra é uma política pública bem-sucedida porque dá previsibilidade e segurança para o produtor, contribuindo para o sucesso da agropecuária brasileira”, afirma José Roberto Colnaghi, presidente do Conselho de Administração da Colpar Brasil, grupo que atua em diversos segmentos industriais e do agronegócio.
Novas tecnologias no campo
O Plano Safra foi criado em 2003. Embora o crédito rural existisse desde os anos 1960, esta política se tornou uma ferramenta responsável por sistematizar a disponibilização de linhas específicas para pequenos, médios e grandes produtores, com juros mais baixos que os de mercado.
Até os anos 1980, o Brasil era importador líquido de alimentos. A virada aconteceu com o desenvolvimento de novas tecnologias por parte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Houve expansão da área plantada, bem como maior produtividade por hectare. A produção de grãos saiu de 38 milhões de toneladas, em 1975 e cresceu, atingindo 236 milhões.
“O Brasil hoje fornece alimentos para o mundo, tornou-se uma potência global com seus produtos chegando a mais de 200 países”, destaca José Roberto Colnaghi. Em culturas como café, suco de laranja e soja, para citar alguns exemplos, o Brasil já é o maior exportador mundial.
Novas fronteiras vêm sendo conquistadas. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em dois anos, o país abriu cerca de 300 mercados, ou seja, obteve autorização para vender um produto brasileiro em outro país, respeitando os critérios técnicos, sanitários, fitossanitários, regulatórios e comerciais exigidos por esse importador.
Novos produtos exportados
E não foi só na exportação de itens tradicionais, como carnes e grãos, que o Brasil ganhou terreno. Produtos como erva-mate, embriões, noz-pecã, sementes, entre outros, entraram na pauta internacional de comércio do país.
A força do agro movimenta a economia brasileira. O Ministério da Fazenda estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá crescer 2,3% neste ano.
Só no primeiro trimestre do ano, o PIB do segmento cresceu 12,2% em relação ao último trimestre de 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação anual, de trimestre contra o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 10,2%.
O agronegócio, que inclui toda a cadeia produtiva e abrange desde a agricultura e a pecuária até a indústria de alimentos, insumos e serviços, deverá terminar o ano respondendo por 29,4% do PIB nacional, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). Um considerável avanço em relação a 2024, quando o percentual foi de 23,5%.
“O agro brasileiro é um exemplo para o mundo”, diz José Roberto Colnaghi. “Aproveitamos o clima favorável e nossas extensas áreas cultiváveis e nos tornamos um produtor de alimentos confiável, dono de um robusto sistema de controle sanitário e em constante inovação e aprimoramento tecnológico”.
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