Terça, 04 de Fevereiro de 2025
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Inovações no tratamento de AVC transformam saúde no Brasil

A abordagem integrada entre prevenção, diagnóstico e tratamento está moldando um novo panorama no cuidado ao AVC no Brasil.

04/02/2025 às 09h07
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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O acidente vascular cerebral (AVC) continua sendo uma das principais causas de morte no Brasil, representando cerca de 100 mil óbitos anuais e afetando aproximadamente 400 mil pessoas a cada ano. Especialistas destacam que grande parte dos AVCs pode ser evitada com a implementação de estratégias eficazes de prevenção e tratamento precoce. Mark Barone, fundador do FórumCCNTs, ressalta que o AVC é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, enfatizando a importância da prevenção, do atendimento rápido e de um sistema de saúde bem estruturado para reduzir os impactos dessa condição.

Uma das principais estratégias de combate ao AVC tem sido a utilização de medicamentos trombolíticos, como o alteplase, que têm mostrado resultados positivos na redução das sequelas. Kathiaja Souza, da Boehringer Ingelheim, destaca iniciativas como o programa `Cidade Angels`, que já capacitou mais de 100 hospitais no Brasil para melhorar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento do AVC. "O programa Angels já alcançou mais de 100 hospitais no Brasil, levando capacitação e melhores práticas para garantir diagnósticos e tratamentos mais rápidos", afirmou Souza.

Desde a implementação das portarias 664 e 665, de 2012, que viabilizaram o custeio do tratamento trombolítico e a criação de centros especializados em AVC, o Brasil tem avançado na estruturação de uma rede de atendimento. Atualmente, o país conta com 119 centros habilitados, sendo a maioria do Tipo 3, com estrutura para tratamento completo e reabilitação. Sheila Martins, da Rede Brasil AVC/WSO, destacou a importância da incorporação da trombectomia mecânica ao SUS em 2023, baseada no estudo Resilient, que demonstrou resultados positivos no tratamento do AVC.

A prevenção e o controle de condições crônicas, como hipertensão, diabetes e obesidade, têm se mostrado fundamentais para reduzir o risco de AVC. Pablo Maciel Moreira, da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da Conquista, apresentou as ações realizadas na cidade para a gestão integrada das condições crônicas. "A atenção primária é a porta de entrada para um cuidado mais integrado e preventivo. Investir nessa base é garantir que menos pessoas cheguem ao hospital com um AVC", afirmou Maciel. Em Vitória da Conquista, o monitoramento remoto da pressão arterial e a testagem rápida para diabetes têm permitido a detecção precoce de condições de risco, contribuindo para a redução de complicações.

O SAMU-SP, que atende uma população de até 20 milhões de pessoas durante os horários de pico na cidade de São Paulo, tem desempenhado um papel essencial na resposta rápida ao AVC. Francis Fujii, do SAMU-SP, destacou a importância da triagem eficiente e da educação da população sobre os sinais de alerta. "A utilização otimizada dos recursos pode salvar vidas e melhorar a qualidade do atendimento", afirmou Fujii, ressaltando o papel estratégico do SAMU na gestão de emergências.

O exemplo de Ribeirão Preto, pioneiro no tratamento de trombólise e na implementação de telemedicina nas ambulâncias. Octávio Pontes, da FMRP-USP, mencionou a importância da integração de protocolos regionais e educação, como o projeto "Cidade Angels", que ensina crianças a reconhecer os sinais de AVC. "O projeto já registrou casos de netos que salvaram avós ao identificar os sinais de AVC", destacou Pontes.

 

O enfrentamento do acidente vascular cerebral (AVC) no Brasil tem avançado com a implementação de estratégias que envolvem prevenção, diagnóstico precoce, tratamento eficaz e reabilitação. A criação de centros especializados, a utilização de medicamentos trombolíticos e o fortalecimento da atenção primária têm contribuído significativamente para a redução de complicações e mortalidade. Além disso, a integração de iniciativas como o programa Cidade Angels e o aprimoramento dos protocolos de atendimento têm mostrado resultados positivos, garantindo um acesso mais rápido e eficiente ao tratamento. A continuidade desses esforços é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e diminuir o impacto do AVC no país





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