Uma nova lei no Brasil garante que os filhos e dependentes menores de mulheres vítimas de feminicídio recebam uma pensão especial no valor de um salário mínimo, atualmente R$ 1.320. A legislação, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visa fornecer apoio financeiro às famílias afetadas por esse crime hediondo. Para ser elegível ao benefício, alguns requisitos devem ser atendidos:
Essa pensão especial pode ser concedida provisoriamente antes da decisão do julgamento do crime se houver comprometimento de que ocorreu o feminicídio. Caso seja decidido pelo juiz, após o trânsito em julgado, que não tenha havido feminicídio, o pagamento será imediatamente suspenso. Entretanto, os beneficiários não serão obrigados a reembolsar o dinheiro já recebido, a menos que seja comprovado má-fé.
Além disso, o projeto de lei proíbe que qualquer suspeito de autoridade ou coautoria do crime receba ou administre pensão em nome dos filhos. O texto também impede o acúmulo da pensão com outros benefícios da Previdência Social.
Se o beneficiário da pensão especial falecer ou atingir a maioridade, a cota será necessária para muitos beneficiários. A lei esclarece que o benefício não afetará os direitos de quem o recebe em relação à obrigação do agressor ou autor do ato criminoso de indenizar a família da vítima.
No que diz respeito ao impacto orçamentário e financeiro da lei, estima-se que será de R$ 10,52 milhões em 2023, R$ 11,15 milhões em 2024 e R$ 11,82 milhões em 2025. O presidente do INSS ( Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, afirmou que a nova lei expandirá a cobertura social para as vítimas invisíveis do feminicídio e enfatizou o compromisso contínuo do INSS em apoiar vítimas de violência doméstica.
Nota adicional: A lei também autoriza o INSS a cobrar dos agressores de mulheres o ressarcimento dos valores gastos pelo governo com benefícios como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte benefícios a vítimas de violência. Isso representa um esforço para responsabilizar financeiramente os agressores por suas ações. O INSS já ajuizou ações para recuperar essas despesas, e espera-se que esses deliberações dissuadam futuros agressores.
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