Terça, 18 de Novembro de 2025

Dramaturgo e advogado César Vieira morre, aos 92 anos, em São Paulo

Velório é realizado no bairro Bom Retiro

24/10/2023 às 11h36
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
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O autor, diretor de teatro e advogado César Vieira (foto), um dos fundadores do grupo Teatro Popular União e Olho Vivo, morreu nessa segunda-feira (23), aos 92 anos, em São Paulo. As informações são da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Nascido em Jundiaí (SP), em 1931, e batizado como Idibal Almeida Piveta, ele foi “pioneiro na utilização dos processos de criação coletiva, dedicando-se à dramaturgia popular e comprometida com o teatro de resistência”, destaca a ABI.

O velório ocorre nesta terça-feira (23) até as 16h na sede do Teatro Popular União e Olho Vivo, no bairro Bom Retiro.

Vieira formou-se em Direito e Jornalismo. Ele participou de atividades teatrais desde meados dos anos 1960. Em 1969, um texto dele –O Evangelho Segundo Zebedeu– foi escolhido para iniciar as atividades do grupo União e Olho Vivo, sob a direção de Silnei Siqueira, junto ao Centro Acadêmico 11 de Agosto do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP).

Premiação

Com o textoO Evangelho Segundo Zebedeu, Vieira recebeu o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor autor nacional. Ele também recebeu o Prêmio Dramaturgia Funarte-MinC porOs Juãose osMagalís – Uma Chegança de Marujos, de 1996, e Prêmios Mambembe e Flávio Rangel/MinC porBrasil Quinhentão!??, de 1998. Entre os livros publicados por ele, estãoEm Busca de um Teatro Popular,João Cândido do Brasil: a Revolta da Chibata e Bumba,Meu Queixada.

A ABI informou que, como advogado, Vieira defendeu presos políticos durante a ditadura militar, tendo sido ele mesmo vítima da repressão do regime. O advogado foi preso e torturado no Departamento de Operações de Informação-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo, então comandado pelo major Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Na rede social X (antigo Twitter), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do dramaturgo. “Juntando política e cultura, viveu de forma intensa e apaixonada. Soube com tristeza da partida de nosso companheiro. Meus sentimentos aos familiares e amigos de Idibal Pivetta”, escreveu.

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