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Médica otorrino explica sobre rinoplastia funcional e segura
A rinoplastia do futuro integra técnica, segurança e personalização, priorizando função respiratória e harmonia facial com base em evidências
22/10/2025 17h24
Por: Redação Fonte: Agência Dino

A rinoplastia vem passando por uma transformação relevante, marcada pelo aperfeiçoamento técnico e pela centralidade da função respiratória. A abordagem contemporânea não se limita à aparência. Integra anatomia, fisiologia e ciência aplicada para obter resultados previsíveis e estáveis. Esse movimento define o futuro do procedimento: planejamento individualizado, segurança perioperatória e foco simultâneo em forma e função.

A Dra. Dayane de Paula Sousa, médica otorrinolaringologista e cirurgiã plástica facial (CRM 35902 SC e 192098 SP, RQE 21.8482) enfatiza que o diagnóstico minucioso orienta todas as decisões. Exame físico detalhado, nasofibroscopia e, quando pertinente, tomografia dos seios paranasais permitem reconhecer desvios septais, alterações das válvulas nasais e particularidades da pele e das cartilagens. O alinhamento entre expectativa e viabilidade técnica reduz a necessidade de revisões.

Indicações funcionais e estéticas frequentemente coexistem. Em casos com obstrução nasal por desvio de septo, a associação entre rinoplastia e septoplastia restaura a via aérea e harmoniza o dorso e a ponta nasal. A literatura especializada descreve melhora sintomática sustentada após a correção do desvio septal, embora ressalte a importância de métodos padronizados de avaliação de desfechos. Uma revisão sistemática publicada na European Archives of Oto-Rhino-Laryngology analisou medidas de resultado relatadas por pacientes em seguimento prolongado após septoplastia e descreveu taxas de satisfação variáveis, coerentes com a heterogeneidade de técnicas e perfis anatômicos, reforçando a necessidade de protocolos robustos de avaliação clínica e funcional.

O planejamento cirúrgico moderno privilegia técnicas de preservação e suporte estrutural. Em vez de ressecções extensas, opta-se por reposicionamento e enxertos que estabilizam a arquitetura nasal e reduzem o risco de colapso inspiratório. A seleção de enxertos, o manejo do septo caudal e a atenção às válvulas internas e externas são decisivos para o resultado respiratório e estético. A padronização de condutas também avança. O consenso clínico da American Academy of Otolaryngology–Head and Neck Surgery sobre septoplastia com ou sem redução de conchas inferiores destaca a importância de critérios claros de indicação, da documentação objetiva de obstrução e do acompanhamento de desfechos centrados no paciente.

No pré-operatório, a médica otorrinolaringologista e cirurgiã plástica facial explica que a avaliação anestésica e o controle de fatores que elevam o risco de sangramento e atraso na cicatrização são etapas fundamentais para garantir segurança e previsibilidade no procedimento.

Durante o intraoperatório, a especialista ressalta que a infiltração vasoconstritora, o descolamento cuidadoso das mucosas, a hemostasia precisa e a fixação adequada dos enxertos contribuem para reduzir o edema e proporcionar maior estabilidade dos resultados cirúrgicos.

Ainda conforme a Dra. Dayane, o pós-operatório requer acompanhamento médico rigoroso, incluindo higiene nasal com solução salina, elevação cefálica ao dormir, proteção contra traumas e retornos programados. Esses cuidados auxiliam na prevenção de aderências e na detecção precoce de complicações.

A médica acrescenta que a estabilização estética ocorre gradualmente ao longo de alguns meses, enquanto a função respiratória tende a melhorar de forma progressiva conforme a reorganização dos tecidos internos e o restabelecimento das estruturas nasais.