O ano de 2025 tem sido marcado por um aumento expressivo nos golpes digitais, colocando empresas de diversos setores em alerta. De acordo com dados do Fórum Nacional de Combate à Pirataria (FNCP), os prejuízos causados pela pirataria digital alcançaram R$ 468 bilhões em 2024. Esse número inclui perdas industriais, evasão fiscal e prejuízos decorrentes de produtos falsificados. A escalada desses crimes, como o uso de brand bidding, sites falsificados e venda de produtos piratas em marketplaces, força o setor corporativo a reforçar suas estratégias de proteção de marca online.
Setores como farmacêutico, cosmético, bebidas, peças de reposição e moda estão entre os mais atingidos, segundo levantamento divulgado em relatório do FNCP e parceiros. Essas indústrias lidam com produtos de alto valor agregado e, por isso, se tornam alvos constantes de falsificadores e fraudadores digitais. O ambiente on-line, por sua facilidade de replicação e alcance, se transforma em um terreno fértil para essas práticas ilícitas.
Empresas que investem pesadamente em mídia paga acabam tendo sua verba desviada ou diluída em cliques fraudulentos, que não geram conversão real. O consumidor, por sua vez, muitas vezes não percebe que está acessando um site ou anúncio que não pertence à empresa original. Essa confusão pode resultar em experiências negativas, prejuízo ao consumidor e, consequentemente, à marca.
Alguns buscadores e redes sociais já implementam políticas contra esse tipo de prática, mas a fiscalização é difícil diante da velocidade com que os golpistas operam. Por isso, cresce a demanda por ferramentas de monitoramento e intervenção rápida.
Fraudes devem ultrapassar US$ 50 bilhões
O prejuízo com fraudes publicitárias não é exclusividade do Brasil. Um estudo do World Federation of Advertisers estima que o total de perdas globais com esse tipo de crime ultrapassará US$ 50 bilhões até 2025. As fraudes incluem cliques falsos, impressões simuladas, sites fakes e redirecionamento para páginas maliciosas.
Com o avanço da inteligência artificial e do uso de bots cada vez mais sofisticados, os cibercriminosos criam redes organizadas de fraudes, com a capacidade de gerar milhões de acessos falsos que consomem recursos de campanhas publicitárias legítimas. Essa dinâmica prejudica o Retorno sobre Investimento (ROI) das ações de marketing e compromete a visibilidade das marcas.
Ausência de proteção digital gera prejuízos irreversíveis
O Anuário da Falsificação da Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas mostra que o Brasil teve quase meio trilhão de reais em perdas relacionadas a crimes como falsificação, contrabando, pirataria e sonegação fiscal. Além de afetar a arrecadação pública, essas práticas comprometem a concorrência leal e prejudicam a imagem das marcas afetadas.
Empresas que não contam com uma política de proteção digital estruturada se tornam alvos recorrentes de quadrilhas especializadas. Os danos vão desde perda de receita até ações judiciais motivadas por consumidores enganados por conteúdos fraudulentos vinculados à marca. Ainda mais grave é o fato de que muitas vezes esses conteúdos são indexados por buscadores e se tornam difíceis de remover completamente, prolongando o dano reputacional.
Especialistas reforçam importância do monitoramento ativo
A proteção da marca no ambiente digital envolve várias frentes. O uso de softwares de monitoramento contínuo, ações legais para remoção de conteúdos e políticas de proteção de propriedade intelectual são fundamentais. Além disso, ações educativas voltadas ao consumidor final ajudam a minimizar os efeitos de golpes e tentativas de fraude.
"Proteger uma marca digitalmente nunca foi tão crucial. O monitoramento constante e a remoção de conteúdos fraudulentos são essenciais para garantir que as empresas não percam a confiança do consumidor e não tenham prejuízos financeiros", afirma Adriano Klumpp, diretor da Valinke, empresa especializada em soluções de proteção de marca online que vem ajudado marcas de diversas áreas.
Proteção digital deixa de ser opcional
A pirataria digital, antes limitada a setores como entretenimento, tornou-se um risco transversal. Especialistas da Valinke apontam que investir em proteção digital passou de opção a prioridade estratégica para a sustentabilidade e segurança das marcas no ambiente online.
Empresas que atuam no varejo, saúde, educação e até mesmo organizações do terceiro setor estão revendo seus protocolos de segurança digital, cientes de que a reputação construída ao longo de anos pode ser destruída em poucos cliques por um golpe bem articulado.
Além de minimizar os riscos, a implementação dessas soluções traz também um diferencial competitivo. Em um cenário onde a confiança do consumidor é cada vez mais valiosa, demonstrar compromisso com a segurança e integridade digital pode ser o fator decisivo para a fidelização.