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Censo mostra renda menor de indígenas e nas regiões Norte e Nordeste
Pesquisa mostra maior número de pretos e pardos com salários baixos
09/10/2025 17h23
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

Cerca de 41% da população indígena do Brasil vive com menos de um 1/4 de salário mínimo per capita por mês, segundo dados do módulo sobre Trabalho e Rendimento do Censo 2022, divulgado nesta quinta-feira (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A proporção é maior que a da população brasileira em geral, que foi de 13,3% naquele ano.

A pesquisa identificou ainda que a proporção foi maior que a média nacional entre as pessoas pretas e pardas, e menor entre as brancas e amarelas.

Em números, a renda domiciliar per capita média do Brasil foi de R$ 1.638 em 2022, diminuindo para cerca de R$ 1.070 nas Regiões Norte e Nordeste, subindo para cerca de R$1900 no Sudeste e Centro-Oeste, e alcançando a maior cifra no Sul: R$ 2.058.

O valor calculado pelo IBGE se refere aos rendimentos obtidos de todas as fontes, incluindo salário, pensões, benefícios sociais e aluguéis, entre outros, recebidos e divididos por todos os moradores do domicílio.

Regiões

O Censo identificou que 61% da população tinha renda domiciliar de até 1 salário mínimo e também identificou diferenças regionais nessa proporção. O Sul foi a única região em que a maioria da população tinha renda per capita superior a 1 salário. Já no Sudeste e do Centro-Oeste, essa proporção ficou na casa dos 46%. Por outro lado, no Norte e no Nordeste, mais de 76% e de 79% dos domicílios tinham renda per capita inferior a essa quantia, respectivamente.

Entre as unidades federativas, a maior renda foi identificada no Distrito Federal, com R$ 2.999, e a menor no Maranhão, com R$ 900. O estado nordestino também se destaca por ter cinco municípios na lista dos dez com menores rendas. Os outros ficam em Roraima, Pará, Pernambuco e Amazonas. São eles:

Já as cidades com as maiores rendas per capita domiciliares são:

Desigualdade de renda

O Censo também calculou o coeficiente de Gini, principal indicador de desigualdade de renda, que ficou em 0,542 em 2022, o que configura alta desigualdade. O indicador vai de 0 a 1, e quanto menor o valor, mais igualitária é a renda. Entre as regiões brasileiras, a única abaixo de 0,5 foi a região Sul.