O setor de Recursos Humanos (RH) e o Departamento Pessoal (DP) atuam juntos para garantir o funcionamento das equipes e o cumprimento das normas trabalhistas nas organizações. O RH é responsável pela gestão das pessoas, desde a contratação até o desenvolvimento profissional, enquanto o DP foca nas rotinas administrativas, como admissões e folha de pagamento.
No segmento supermercadista, o volume de contratações e a dimensão territorial das redes fazem da gestão de pessoas uma necessidade constante nas empresas. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o setor gerou mais de 9 milhões de empregos, distribuídos por cerca de 424 mil lojas pelo país, em 2024.
Assim como em um supermercado bem organizado, em que cada produto precisa estar disponível na hora certa e no lugar certo, a gestão de pessoas exige velocidade para responder às demandas diárias e clareza para planejar estratégias de longo prazo, assegurando que a equipe seja um diferencial competitivo.
Marcelo Gomes, CEO da empresa de tecnologia para recursos humanos Nexti, revela que o termo "RH operacional" é utilizado para valorizar quem está na linha de frente da gestão de pessoas, especialmente em setores como o supermercadista, marcado por mão de obra descentralizada, múltiplas unidades e escalas e alta rotatividade de pessoal.
"Definimos RH Operacional como o motor silencioso da empresa. É quem garante que tudo funcione, mantendo ativos processos críticos que, quando falham, travam a operação inteira — como folha de pagamento certa, ponto registrado, admissões no prazo, benefícios liberados e conformidade com o eSocial", declara o profissional.
Desafios do RH no setor supermercadista
Marcelo pontua que na abertura de novas lojas, o RH enfrenta um grande volume de admissões em pouco tempo, o que exige processos ágeis e integrados. Segundo ele, quando o processo é manual, há riscos de erros em documentação e falta de visibilidade sobre quem já está apto para iniciar as atividades.
"Além da contratação ágil, a fim de evitar principalmente atrasos na inauguração, é desafiador garantir que todos os novos colaboradores sejam treinados e integrados rapidamente, compreendendo processos de Ponto de Venda (PDV), rotinas de escala e cultura da rede", acrescenta o especialista.
Para o CEO da Nexti, a elaboração e gestão das escalas de trabalho impactam diretamente na produtividade das equipes e no bom funcionamento das operações de uma loja. Segundo Marcelo, uma gestão eficiente leva em conta os picos de movimento e a disponibilidade dos colaboradores, garantindo que todos os pontos de atendimento estejam cobertos.
"Escalas mal planejadas ou sem previsibilidade podem gerar filas, PDVs fechados e sobrecarga em alguns setores, enquanto uma gestão eficiente reduz o volume de horas extras desnecessárias e melhora o fluxo de atendimento ao cliente", afirma.
Marcelo acredita que recursos como uma torre de controle, que possibilita uma visão em tempo real de pontos, escalas, colaboradores, lojas e outros indicadores críticos, são essenciais para que o RH do setor supermercadista se torne mais estratégico e menos operacional.
"É primordial ter inovações como escalas preditivas — baseadas em dados de fluxo —, integração com indicadores de assiduidade e absenteísmo, capazes de prever turnover e postos descobertos. Práticas como essas tornam o RH um centro de inteligência para decisões, e não só para execução", orienta o especialista da Nexti.
Quando a gestão da jornada é feita de forma manual, o risco de erros em cálculos de horas extras, compensações e fechamento da folha pode aumentar: "Isso gera retrabalho, insatisfação do colaborador e, em casos mais graves, passivos trabalhistas. Além disso, a falta de visibilidade em tempo real pode deixar gestores sem informação sobre faltantes e substituições, comprometendo a operação da loja".
A alta rotatividade também é algo comum no setor e algumas estratégias podem ser adotadas para minimizar seus impactos tanto nas lojas em funcionamento, quanto nas novas unidades. Para o especialista, ferramentas digitais que simplificam admissões, treinamentos e gestão de escalas ajudam a reduzir frustrações iniciais e melhorar a experiência do colaborador, aumentando sua permanência.
"A rotatividade pode ser minimizada com processos de integração rápidos, feedback constante e visibilidade sobre jornada e benefícios. Além disso, ter um banco de talentos e possibilidade de transferência entre lojas reduz o impacto de desligamentos inesperados", destaca o profissional da Nexti.
A interação entre líderes e equipes de loja também pode ser um desafio recorrente. Segundo ele, a comunicação é mais eficiente quando centralizada em canais digitais que permitam avisos de escala, solicitações e feedback em tempo real.
"Algumas práticas têm se mostrado mais eficientes para manter uma gestão de pessoas alinhada e fluida. Soluções como o Nexti Direct, integrado ao app da Nexti, podem facilitar a comunicação direta entre gestores e colaboradores, para que todos recebam informações e atualizações", comenta Marcelo.
Inovação em processos de RH
De acordo com o profissional da Nexti, com processos digitais, o RH ganha agilidade e reduz significativamente os erros comuns de processos manuais, como falhas em admissões, divergências de ponto e atrasos na folha de pagamento.
"A integração de sistemas permite que dados fluam entre folha, benefícios e escalas, dando mais tempo para o RH focar em estratégias de retenção e desenvolvimento de equipe", conta.
Dados da ABRAS mostram que o setor supermercadista passa por uma transformação no perfil da força de trabalho, com o desafio de preencher 375 mil vagas em aberto, impulsionado pela migração de jovens para ocupações informais e pelo aumento da participação de profissionais com mais de 50 anos. A mão de obra da terceira idade quase dobrou entre 2022 e 2024, passando de 2,9% para 5,7%. O setor tem investido em programas de incentivo e desenvolvimento profissional para atrair e reter novos talentos.
Para saber mais sobre tecnologias que buscam oferecer apoio a esses desafios, basta acessar: www.nexti.com/