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Comissão de Orçamento aprova R$ 19,4 bilhões em créditos extras, a maior parte para o Rio Grande do Sul
O maior crédito, R$ 17,6 bilhões, foi destinado principalmente à construção de imóveis residenciais
10/09/2024 15h27
Por: Redação Fonte: Agência Câmara

A Comissão Mista de Orçamento aprovou créditos ao Orçamento de 2024 no valor de R$ 19,4 bilhões, a maioria recursos extraordinários para lidar com as consequências das enchentes no Rio Grande do Sul.

O maior crédito, de R$ 17,6 bilhões, está em uma medida provisória (MP 1233/24) destinada principalmente à construção de imóveis residenciais. O Ministério das Cidades previa a construção de 10 mil unidades habitacionais com o valor médio de R$ 200 mil e outras 2 mil casas com o valor médio de R$ 90 mil.

Outra parte dos recursos foi utilizada para a instalação provisória da Base Aérea de Canoas como alternativa ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, muito afetado pelas enchentes.

O dinheiro para atender o disposto na MP foi retirado do superávit financeiro apurado em 2023. Conforme o decreto de calamidade pública aprovado pelo Congresso, essa despesa não entra no cálculo do cumprimento da meta fiscal de 2024, que é o equilíbrio das contas públicas.

Além da MP 1233/24, também foram votadas:

A comissão também aprovou projeto de crédito especial no Orçamento de 2024 no valor de R$ 500 mil ( PLN 18/24 ) para estudos técnicos da construção da nova sede da Justiça Federal em Joinville (SC).

As medidas provisórias serão votadas agora pelos Plenários da Câmara e do Senado e o projeto, no Plenário do Congresso.

Audiências públicas
A deputada Luciene Cavalcante (Psol-SP) teve dois requerimentos de audiência pública aprovados. Um para discutir o valor do orçamento para as mulheres e o outro, para verificar os recursos destinados à mitigação de desastres decorrentes das mudanças climáticas.

“É responsabilidade dessa comissão preparar um orçamento robusto que seja capaz de agir, sim, na urgência, quando esses desastres acontecem; mas também de fomentar políticas de prevenção”, justificou a deputada.

As audiências ainda não têm data marcada.