O Plano Nacional de Desenvolvimento da Aquicultura, lançado pelo governo federal, tem como objetivo fomentar e direcionar o crescimento do setor aquicultor no país. Essa iniciativa visa atrair investimentos e fomentar o crescimento sustentável das atividades aquáticas na próxima década (2022-2032). De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, as metas, objetivos e estratégias dos programas foram desenvolvidos através de plenárias e oficinas, caracterizando um método de planejamento colaborativo.
Esse processo contou com a participação de colaboradores oriundos de 44 instituições distintas do setor, incluindo representantes governamentais e acadêmicos de 18 estados do Brasil. O propósito principal dessa iniciativa foi a elaboração do Plano, fundamentado nas ações propostas e discutidas nesses encontros.
No mundo, o setor movimenta mais de US$ 406 bilhões de dólares por ano (FAO, 2022), enquanto que no Brasil, embora tenha um potencial significativo devido à sua vasta extensão de águas, em 2022, a aquicultura no Brasil alcançou um total de 119,4 mil toneladas de frutos do mar, conforme informações fornecidas ao Ministério da Pesca.
Essa produção, que abrange peixes, moluscos e algas, foi realizada em projetos estabelecidos em águas federais e demonstra um crescimento de 25% em comparação com o ano anterior, 2021 (Globo Rural).
Com um grande potencial para a produção de organismos aquáticos, o Brasil tem a possibilidade de expandir sua presença no mercado global. No entanto, o país enfrenta desafios como problemas logísticos, infraestrutura deficiente e um sistema tributário complexo. Além disso, os produtores necessitam de apoio financeiro para se tornarem mais competitivos no mercado.
Produção sustentável de peixes ornamentais
A criação de peixes ornamentais contribui para a sustentabilidade de diversas maneiras. Essa prática ajuda na conservação de espécies, reduzindo a necessidade de extrair peixes de habitats naturais, e diminui a pesca predatória. Além disso, oferece desenvolvimento econômico sustentável para comunidades, servindo como uma fonte alternativa de renda (Fonte: Guia do Aquarismo).
A aquicultura de peixes ornamentais também promove a educação ambiental, aumentando a conscientização sobre a importância da conservação de ecossistemas aquáticos. Inovações em práticas sustentáveis, como sistemas de recirculação de água, e o controle de espécies invasoras são outros benefícios dessa atividade. Programas de reprodução podem auxiliar na recuperação de espécies ameaçadas, ressaltando a importância de se adotar práticas responsáveis e sustentáveis nesse setor.
Segundo o site Guia do Aquarismo, a criação de peixes ornamentais pode promover a sustentabilidade de várias maneiras:
É importante notar, entretanto, que a aquicultura de peixes ornamentais deve ser realizada de maneira responsável, garantindo que as práticas adotadas sejam sustentáveis e não prejudiquem os ecossistemas naturais.